No campo positivo desde meados de 2017, o índice que mede a expectativa dos empresários de criar empregos ficou estável considerando o final do primeiro semestre deste ano e a comparação com 2018. É o que mostra uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo ManpowerGroup. Os dados também revelam que a expectativa pela criação do emprego ainda não voltou ao patamar pré-crise.
Para o período entre abril e junho de 2019, 18% dos empresários preveem aumento no número de contratações. Outros 8% projetam diminuição. Isso leva a uma diferença de 10 pontos, considerados na pesquisa como "expectativa líquida de emprego". Com ajuste sazonal, a expectativa líquida de criação de empregos nos próximos meses é de 7%. Esse número é igual ao registrado no mesmo período do ano passado.
"As empresas ainda aguardam as definições do cenário econômico, mas claramente estão se preparando para aumentar o ritmo de contratações no curto prazo", disse em nota Nilson Pereira, CEO do ManpowerGroup Brasil.
Na divisão por setores, o que inclui agricultura, pesca e mineração é o que tem a maior expectativa dos empresários de contratações nos próximos meses, com 15 pontos.
Já o que tem a menor expectativa é o da construção, que teve pontuação negativa em 5 pontos. O setor ainda vem apresentando dificuldades para se recuperar da crise.
Divisão por países
A pesquisa ouviu 850 empregadores no Brasil. Foram feitas ainda entrevistas em outros 43 locais, totalizando cerca de 59 mil empregadores de diversas nacionalidades.
Considerando todos os locais pesquisados, o Brasil, com seus 7 pontos com ajustes sazonais, é o 25º colocado no ranking dos países em com mais previsões dos empregadores de contratar. O primeiro é a Croácia, com 34 pontos, seguida pelo Japão, com 27. Já os últimos colocados são Argentina, Hungria, Espanha e Turquia, com pontuação zerada.
Expectativa de emprego global
| País | expectativa de contratações | 
| Croácia | 34% | 
| Japão | 27% | 
| Grécia | 21% | 
| Hong Kong | 19% | 
| Estados Unidos | 19% | 
| Taiwan | 18% | 
| Índia | 13% | 
| Portugal | 13% | 
| Romênia | 13% | 
| México | 12% | 
| Irlanda | 11% | 
| Singapura | 11% | 
| Austrália | 10% | 
| Canadá | 10% | 
| Nova Zelândia | 10% | 
| Eslováquia | 10% | 
| Eslovênia | 10% | 
| Alemanha | 9% | 
| Guatemala | 9% | 
| Polônia | 9% | 
| Suécia | 9% | 
| Bulgária | 8% | 
| Israel | 8% | 
| Peru | 8% | 
| Brasil | 7% | 
| China | 7% | 
| Bélgica | 6% | 
| Colômbia | 6% | 
| Costa Rica | 5% | 
| França | 5% | 
| Noruega | 5% | 
| África do Sul | 5% | 
| Áustria | 4% | 
| República Tcheca | 4% | 
| Finlândia | 4% | 
| Itália | 4% | 
| Holanda | 4% | 
| Suíça | 4% | 
| Reino Unido | 4% | 
| Panamá | 2% | 
| Argentina | 0% | 
| Hungria | 0% | 
| Espanha | 0% | 
| Turquia | 0% |