Economia do Estado do Espírito Santo

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Geografia - Área: 46.077,5 km2. Relevo: baixada litorânea (40% do território) e serras (interior). Ponto mais elevado: pico da Bandeira, na serra do Caparaó (2.889,8 m). Rios principais: Doce, São Mateus, Itaúnas, Itapemirim, Jucu. Vegetação: floresta tropical, vegetação litorânea. Clima: tropical. Municípios mais populosos: Vila Velha (405.374), Serra (394.370), Cariacica (361.058), Vitória (317.085), Cachoeiro de Itapemirim (198.150), Linhares (123.000), Colatina (111.789), Guarapari (108.120), São Mateus (102.955), Aracruz (73.657) - 2006. Hora local: a mesma. Habitante: capixaba. POPULAÇÃO – 3.487.199 hab (2009).

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Economia - Participação no PIB nacional: 2,0% (2004). Composição do PIB: agropec.: 5,0%; ind.: 44,0%; serv.: 51,0% - 2004. PIB per capita: R$18.003,00 (2007). Export. (US$ 5,6 bilhões): manufaturas de ferro e aço (35,8%), minério de ferro (25,2%), papel e celulose (17,6%), café em grão ou solúvel (7,7%), granitos (6,5%). Import. (US$ 4,0 bilhões): veículos (10,2%), bens de informática (9,9%), carvão para siderurgia (8,4%), cobre manufaturado (4%), leite e derivados (4%), miscelânea - diversos (35,6%) - 2005.

Energia Elétrica - Geração: 4.620 GWh; consumo: 5.563 GWh - 2004.

Telecomunicações - Telefonia fixa: 793,5 mil linhas (maio/2006); celulares: 1,5 milhões (abril/2006).

Capital – Vitória. Habitante: vitoriense. Pop.: 413 518 (2008).

O Espírito Santo apresenta paisagens litorâneas de transição entre os trechos recortados por serras e morros do sul e do sudeste e o litoral plano, com dunas e palmeiras, do Nordeste do país. Sua capital fica em uma ilha costeira; nas proximidades, está Guarapari, conhecida pelas praias de areia monazítica. No extremo norte localiza-se Itaúnas, no município de Conceição da Barra, famosa pelas dunas de areia, que alcançam 30 m de altura. É na faixa litorânea que se concentram os descendentes dos primeiros colonizadores e sua culinária típica, como a moqueca capixaba feita com a tintura de urucum, de origem indígena. Nas serras predominam os descendentes de imigrantes alemães, suíços, holandeses e açorianos. O pico da Bandeira, o terceiro ponto mais alto do relevo brasileiro, localiza-se na serra do Caparaó, na divisa com Minas Gerais.

Com a economia baseada na exportação de produtos agrícolas até meados da década de 60, o Espírito Santo se beneficia, a partir dos anos 70, da instalação de grandes projetos industriais voltados para a exportação, como as empresas estatais Companhia Vale do Rio Doce e Companhia Siderúrgica de Tubarão. Paralelamente, a agricultura se mantém como uma atividade importante na economia estadual. Essa combinação permite um rápido crescimento econômico do estado, o que aumenta sua participação no PIB brasileiro a partir da década de 70.

O estado abriga alguns dos principais portos do país, como Vitória, Tubarão e Capuaba. O intenso movimento portuário coloca o Espírito Santo entre os cinco primeiros estados exportadores do país. Além de produtos do estado, como minério de ferro, placas de aço, granito e café, são escoados veículos e aço, de Minas Gerais e produtos agrícolas do Centro-Oeste. Somente o complexo portuário da Ponta de Tubarão é responsável por 25% da carga marítma do país.

A abertura do mercado brasileiro às importações, no início dos anos 90, foi o motor desse desenvolvimento, alimentado por uma política de incentivos financeiros e por tarifas competitivas. No primeiro semestre de 2000, Vitória, com um porto bem equipado e custos competitivos, passa a ser a principal porta de entrada de veículos no mercado brasileiro e sede de grandes empresas de comércio exterior.

O produto agrícola tradicional do estado é o café, cultura que orientou a ocupação de praticamente todo o território capixaba. Após uma fase de decadência no estado, o café recuperou uma posição de relativo destaque nacional. Seguem-se a ele, em ordem de importância, as culturas de milho, banana, mandioca, feijão, arroz e cacau.

A criação de bovinos serviu-se de solos virgens no norte do estado, em terrenos desmatados. Nessa área cria-se e engorda-se gado de corte, e ali desenvolveu-se a indústria frigorífica, cuja carne é enviada principalmente para o Rio de Janeiro, além de abastecer a região de Vitória. No sul pratica-se muito a pecuária leiteira, e o leite é comercializado, por meio de cooperativas, nos mercados do Rio de Janeiro e Vitória.

De desenvolvimento mais recente são a silvicultura e a fruticultura, com aproveitamento para conservas de frutas e para a produção de celulose, destacando-se nessa última atividade alguns projetos de reflorestamento, que poderão compensar em parte o desmatamento avassalador sofrido pelo estado.

Café e frutas - Cerca de 90% das propriedades rurais possuem até 100 ha e constituem outra importante fonte de renda. O destaque são as lavouras de café, que produzem 20% do total nacional. A cafeicultura gera 500 mil empregos e uma renda anual de 500 milhões de dólares. Desde 1999 há aumento na produção, com a obtenção de matrizes de uma nova variedade de grãos, mais resistente à seca, ideal para as lavouras do norte capixaba, região que sofre os reflexos da estiagem nordestina.

Nas duas últimas décadas, o Espírito Santo adquire importância na produção e comercialização de frutas de climas tropical e temperado. O trabalho na fruticultura, no norte, ajuda a conter o êxodo rural. Nas áreas litorâneas, plantam-se banana, abacaxi, mamão, maracujá, limão, enquanto nas montanhas são cultivados morango e uva.

O subsolo do estado é rico em minerais, inclusive petróleo. Há consideráveis reservas de calcário, mármore, manganês, ilmenita, bauxita, zircônio, monazitas e terras raras, embora nem todas em exploração. No extrativismo mineral, destaca-se a exploração, na área de Cachoeiro de Itapemirim, de reservas de mármores, calcário e dolomita.

Nos centros urbanos da capital e de Cachoeiro de Itapemirim concentram-se praticamente todas as principais unidades da indústria de transformação capixaba. Na grande Vitória localizam-se as indústrias siderúrgicas: Companhia Ferro e Aço de Vitória, usina de pelotização de minério de ferro da Companhia Vale do Rio Doce; madeireira, têxtil, de louças, de café solúvel, de chocolates e frigorífica. No vale do rio Itapemirim, desenvolvem-se indústrias de cimento, de açúcar e álcool e de conservas de frutas.

Um setor em desenvolvimento é o das indústrias de móveis, papel e celulose, como conseqüência da boa adaptação do eucalipto plantado ao norte, à beira-mar. No centro-sul ganham força a indústria de transformação (produtos químicos, siderúrgicos, cimento e celulose) e a de bens de consumo (calçados, alimentos e bebidas). Ainda assim, um dos maiores obstáculos para a expansão da atividade industrial é a falta de energia, pois o Espírito Santo gera apenas 18% do total que consome e depende do fornecimento das usinas de Furnas e Itaipu.

A costa capixaba tem oito áreas abertas à exploração do petróleo, mas a produção é pequena: apenas 1% do total produzido diariamente no país. O estado lidera a extração nacional de mármore e granito ornamentais, com o que arrecada acima de 1 bilhão de dólares por ano. Cachoeiro do Itapemirim, no sul, e Nova Venécia, no norte, são as principais regiões produtoras. O Espírito Santo é responsável por 39% das exportações brasileiras de rochas ornamentais e por 50% de placas de mármore beneficiadas.

A produção industrial cresce 9% na última década, um dos melhores desempenhos do país, no setor.

 

 

 

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